Reduzir os riscos do sistema bancário paralelo
A UE apresenta proposta para regulamentar o sistema bancário paralelo que contribuiu para agravar a crise do crédito.
A maioria dos requisitos regulamentares impostos ao sector financeiro desde o início da crise económica de 2008 centrou-se no sistema bancário tradicional. Porém, o sistema bancário paralelo, que inclui fundos de retorno absoluto, participações privadas e posições de titularização, envolve actividades semelhantes às dos bancos mas não está tão regulamentado como estes últimos. Estas entidades não têm nomeadamente acesso ao apoio do Banco Central Europeu nem a um sistema de garantia de depósitos ou de dívidas.
Se, por um lado, o sector bancário paralelo ajuda a disponibilizar liquidez financeira ao sector bancário, por outro, nos anos mais recentes, foi fonte de instabilidade para o sistema financeiro mundial. Esta instabilidade contribuiu para o colapso do banco Lehman Brothers em 2008 e o congelamento dos mercados de crédito mundiais durante a crise financeira.
Na última década, o montante total dos activos dos bancos paralelos mais do que duplicou, passando para mais de 51 000 biliões de euros, representando actualmente perto de um terço do sistema financeiro mundial. Na Europa, o sistema bancário paralelo representa mais de 23 000 biliões de euros.