Parlamento Europeu apoia transição para biocombustíveis com menor impacto ambiental
Os eurodeputados votaram a favor de medidas para acelerar a transição dos biocombustíveis clássicos, como o etanol ou o biodiesel, para os de segunda geração, como os produzidos a partir de algas ou resíduos. O objectivo é reduzir as emissões de gases com efeito de estufa resultantes da crescente utilização de terrenos agrícolas para a produção de biocombustíveis.
"Este debate foi muito difícil porque os interesses económicos estiveram vincadamente presentes. Trata-se de um texto muito técnico, mas com implicações económicas e éticas importantes", disse a relatora da Comissão do Ambiente do PE, Corinne Lepage (ALDE, França).
O Parlamento Europeu defende que a quota de energia proveniente de biocombustíveis "clássicos" ou de primeira geração, produzidos a partir de cereais e outras culturas ricas em amido e culturas açucareiras, oleaginosas e outras culturas energéticas cultivadas em terra, não deve ser superior a 6% do consumo final de energia nos transportes em 2020. Actualmente, o objectivo para 2020 está fixado nos 10%.
Os eurodeputados são a favor de que sejam tidas em conta as emissões de gases com efeito de estufa que resultam da crescente utilização de terrenos agrícolas para a produção de biocombustíveis. Essas emissões decorrentes das chamadas "alterações indirectas do uso do solo" (AIUS) podem anular a redução das emissões associadas aos biocombustíveis.